2006-04-20

Haja O que Houver....

Na Roménia, um homem dizia sempre ao seu filho:

"Haja o que houver, eu estarei sempre a teu lado."

Houve nesta época um terremoto de intensidade muito grande, que quase arrasou as construções lá existentes nesta época.

Estava nesta hora este homem numa estrada. Ao ver o ocorrido, correu para casa e verificou que a sua esposa estava bem, mas o seu filho estava na escola.

Foi imediatamente para lá. E encontrou-a totalmente destruída. Não restou, uma única parede de pé...

Tomado de uma enorme tristeza. Ficou ali ouvindo, a voz feliz do seu filho e a sua promessa (não cumprida). Haja o que houver, eu estarei sempre a teu lado.

O seu coração estava apertado e a sua vista apenas enxergava a destruição.

A Voz do seu filho e a sua promessa não cumprida, dilaceravam-no.

Mentalmente percorreu inúmeras vezes o trajeto que fazia diariamente segurando a sua mãozinha.

O portão (que não existia mais);

O corredor ...

Olhava as paredes, aquele rostinho confiante.

Passava pela sala do 3º ano, virava o corredor e o olhava ao entrar.

Até que resolveu fazer o mesmo trajeto em cima dos escombros.

Portão...

Corredor...

Virou à direita e parou em frente ao que deveria ser a porta da sala.

Nada!

Apenas uma pilha de material destruído. Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a sala.

Olhava tudo desolado.

E continuava a ouvir a sua promessa.

Haja o que houver, eu estarei sempre a teu lado.

E ele não estava... Começou a escavar com as mãos. Nisto chegaram outros pais, que embora bem intencionados, e também desolados, tentavam afastá-lo de lá dizendo:

Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém.

Vá para casa.

Ao que ele retrucava:

Vai ajudar-me?

Mas ninguém o ajudava, e pouco a pouco, todos se afastavam. Chegaram os policiais, que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida.

Haviam outros locais com mais esperança.

Mas este homem não esquecia a sua promessa ao filho, a única coisa que dizia para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era :

Vai ajudar-me?

Mas eles também o abandonavam. Chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa...

Saia daí, não está a ver que não pode ter sobrado ninguém vivo ?

Ainda vai por em risco a vida de pessoas que queiram ajudar-te pois continuam a surgir explosões e incêndios.

Ele retrucava :

Vai ajudar-me?

Está cego pela dor não enxerga mais nada. Ou então é a raiva da desgraça.

Vai ajudar-me?

Um a um todos se afastavam. Ele trabalhou quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos, mas não se afastava dali. 5, 10, 12, 22, 24, 30 horas.
Já exausto, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto.

Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho, ouviu:

Pai ...estou aqui!

Feliz fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou:

Estás bem?

Estou. Mas com sede, fome e muito medo.

Há mais alguém contigo?

Sim, dos 36 da turma 14 estão comigo estamos presos num vão entre dois pilares.

Estamos todos bem.
Apenas conseguia ouvir-se os seus gritos de alegria.

Pai, eu disse-lhes: Vocês podem ficar sossegados, pois o meu pai irá achar-nos.

Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora ... Haja o que houver, o meu pai, estará sempre ao meu lado.

Vamos, baixa-te e tenta sair por este buraco.

Não! Deixa-os sair primeiro... Eu sei que haja o que houver...

Estarás à minha espera!


(Esta história é verídica)



É bom sabermos também que haja o que houver
DEUS sempre está ao nosso lado.
Pensa nisso da próxima vez que desanimares, por algum motivo...

2 comentários:

Martha disse...

Haja o que houver, devemos ter confiança e acreditar em Deus!

;) Martha

Anónimo disse...

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