2006-08-16

Fénix: pássaro mitológico que renasce das suas próprias cinzas.


A fênix ou fénix (em grego: φοῖνιξ;, transcrição: foinix) é um pássaro mitológico que quando morria entrava em auto-combustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas. Outra característica da fênix é a capacidade de transportar em vôo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes.

Teria penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fênix vivia exatamente 500 anos. Outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a fênix queimava-se numa pira funerária. A fênix, após erguer-se das cinzas, levava os restos do seu pai ao altar do deus Sol na cidade egípcia de Heliópolis (Cidade do Sol). A vida longa da fênix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual. Os gregos provavelmente copiaram dos egípcios a idéia da fênix. Esses últimos adoravam benu, uma ave sagrada semelhante à cegonha. O benu, assim como a fênix, estava ligada aos rituais de adoração do Sol em Heliópolis. As duas aves representavam o Sol, que morre em chamas toda tarde e emerge a cada manhã.

Lenda

A fénix, o mais belo de todos os animais fabulosos, simbolizava a esperança e a continuidade da vida após a morte. Revestida de penas vermelhas e douradas, as cores do Sol nascente, possuía uma voz melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava. A impressão que a sua beleza e tristeza causava em outros animais, chegava a provocar a morte deles. Segundo a lenda, apenas uma fénix podia viver de cada vez. Hesíodo, poeta grego do século VIII a. C., afirmou que esta ave vivia 9 vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97 200 anos. Quando a ave sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos de árvore da canela, em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fénix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com eles à cidade egípcia de Heliópolis , onde os colocava no Altar do Sol. Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto. O devasso imperador romano Heliogábalo (204--222 d. C.) decidiu comer carne de fénix, a fim de conseguir a imortalidade. Comeu uma ave-do-paraíso, que lhe foi enviada em vez de uma fénix, mas foi assassinado pouco tempo depois. Actualmente os estudiosos crêem que a lenda surgiu no Oriente e foi adaptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais íntimo do homem. Na arte cristã, a fénix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo. Curiosamente, o seu nome pode dever-se a um equívoco de Heródoto, historiador grego do século V a. C. Na sua descrição da ave, ele pode tê-la erradamente designado por fénix(phoenix), a palmeira (phoinix em grego) sobre a qual a ave era nessa época representada.

Simbologia

A crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas existiu em vários povos da antiguidade como gregos, egípcios e chineses. Em todas as mitologias o significado é preservado: a perpertuação, a ressurreição, a esperança que nunca tem fim.

Para os gregos a Fênix por vezes estava ligada ao deus Hermes e é representada em muitos templos antigos. Há um paralelo da Fênix com o Sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte, tornando-se o eterno símbolo da morte e do renascimento da natureza.

Os egípcios a tinham por Benu e estava sempre relacionada a estrela Sothis, ou estrela de cinco pontas, estrela flamejante, que é pintada ao seu lado.

Na China antiga a Fênix foi representada como uma ave maravilhosa e transformada em símbolo da felicidade, da virtude e da inteligência. Na sua plumagem, brilham cinco cores sagradas.

No ínicio da era Cristã esta ave fabulosa foi símbolo do renascimento e da ressurreição. Neste sentido, ela simboliza o Cristo ou o Iniciado, recebendo uma segunda vida, em troca daquela que sacrificou pela humanidade.

2006-08-11


Tou de férias...

2006-08-09

“Não se preocupe por não poder dar aos seus filhos o melhor de tudo... Dê-lhes o seu melhor.”

Certo dia, uma mulher chamada Ana foi renovar a sua carta de condução.

Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou. Não sabia bem como se classificar.
O funcionário insistiu: "o que eu pergunto é se tem uma ocupação, um trabalho."

"Claro que tenho um trabalho", exclamou Ana. "Sou mãe."

"Nós não consideramos isso um trabalho. Vou por dona de casa", disse o funcionário friamente.

Uma amiga de Ana, a Marta, soube do que se passara e, durante algum tempo, meditou no assunto.

Num determinado dia, encontrou-se em situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente.

O formulário parecia enorme, interminável.

A primeira pergunta foi: "qual é a sua ocupação?"

Marta pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu:

"Sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas."

A funcionária fez um ar de estupefacção e Marta repetiu palavra a palavra a sua afirmação.

Depois de ter anotado tudo, a jovem ousou perguntar:

"Posso saber, o que é que a senhora faz exactamente?"

Sem qualquer hesitação, em tom firme, com muita calma, Marta explicou: "Desenvolvo um programa a longo prazo, dentro e fora de casa."

Pensando na sua família, ela continuou: "sou responsável por uma equipa e já recebi quatro projectos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva. O grau de exigência é de 14 horas por dia, por vezes mesmo de 24 horas."

À medida que ia descrevendo suas responsabilidades, Marta notou um crescente tom de respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o formulário com os dados fornecidos.

Quando regressou a casa, Marta foi recebida pela sua equipa: três meninas de 13, 7 e 3 anos.

Subindo ao andar de cima da casa, ouviu o seu mais jovem projecto, um bébé de seis meses, a ensaiar um conjunto de novas sonoridades.

Feliz, Marta tomou o bébé nos braços e pensou na glória da maternidade, suas múltiplas responsabilidades e horas intermináveis de dedicação...

"Mãe, onde estão os meus sapatos? Mãe, ajuda-me a fazer os deveres? Mãe, o bébé não para de chorar. Mãe, vai-me buscar à escola? Mãe, vai à minha aula de ballet? Mãe, compra-me…? Mãe...?"

Sentada na cama, Marta pensou: "se ela era doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que seriam as avós?"

E logo descobriu um título para elas: doutoras-sénior em desenvolvimento infantil e em relações humanas.

As bisavós, doutoras executivas-sénior.

As tias, doutoras-assistentes.

E todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras: doutoras na arte de tornar a vida melhor.

Num mundo em que se dá tanta importancia aos títulos,
em que se exige sempre especialização nas mais diversas áreas profissionais,


torna-te um(a) especialista na arte de amar.

2006-08-03

A boneca


Fui ao centro comercial comprar umas prendas que me faltavam.
Quando vi todas aquelas pessoas comecei a reclamar comigo mesmo:
"Isto vai demorar imenso e ainda tenho tantas coisas para fazer e outros lugares para ir.
Como gostava de poder deitar-me, dormir e só acordar depois de ter passado esta barafunda toda.

Sem dar conta, dirigi-me à secção de brinquedos e comecei a apreciar os preços e a questionar-me se as crianças realmente brincam com brinquedos tão caros.

Enquanto olhava os brinquedos, reparei num menino de mais ou menos 5 anos que abraçava uma boneca, contra o peito. Ele acarinhava o cabelo da boneca e admirava-a com um olhar tão triste, que tentei imaginar para quem seria aquela boneca que tanto apertava. O menino virou-se para senhora que estava junto dele e perguntou:

"Avó, tens a certeza que eu não tenho dinheiro suficiente para comprar esta boneca ?“

A senhora respondeu meigamente:

“Sabes que o teu dinheiro não é suficiente, meu querido !"

Perguntou de seguida ao menino se ele podia ficar ali a olhar para os brinquedos por mais 5 minutos, enquanto ela ia ver outras coisas.O menino disse que sim e continuou a segurar a boneca nas suas mãos.

Intrigado, comecei a andar na sua direcção e perguntei-lhe a quem queria dar aquela boneca. Ele respondeu:

"Esta é a boneca que a minha mana mais adorava. Ela acreditava que o nosso papá lha daria este ano.”

Eu disse então:

"Não fiques preocupado, acho que ele irá dar a boneca à tua irmã."

Mas ele, triste, disse-me:

"Não, o papá não poderá levar-lhe a boneca onde ela está. Tenho que dar a boneca à minha mamã e ela sim, poderá dar a boneca à minha mana quando for para perto dela."

Os seus olhos encheram-se de lágrimas enquanto falava:

“A minha mana teve que ir embora para sempre. O papá disse-me que a mamã também irá embora para perto dela, em breve. Então pensei que a mamã poderia levar a boneca e entregá-la à minha mana.".

O meu coração parou de bater. Aquele menino olhou para mim e disse:

"Eu disse ao papá para dizer à mamã para não ir ainda. Pedi-lhe para que ela esperasse até eu voltar do mercado."

Depois mostrou-me uma foto muito bonita dele a rir e disse-me:

"Eu também quero que a mamã leve esta fotografia, assim ela não se esquecerá de mim. Eu amo muito a minha mamã e não quero que ela parta agora, mas o papá disse que ela tem que ir para ficar com a minha maninha."

Calou-se e ficou a olhar para a boneca com os olhos tristes e muito quieto. Eu rapidamente procurei a minha carteira, peguei nalgumas notas e disse-lhe:

"E se contássemos novamente o teu dinheiro, só para termos certeza se tens a quantia suficiente para comprar a boneca?"

Juntei as minhas notas ao dinheiro dele, sem que se apercebesse e começámos a contar. Depois de contado, o dinheiro dava para comprar a boneca e ainda sobravam alguns trocos. O menino elevou os olhos e orou:

"Obrigado SENHOR por atenderes ao meu pedido e teres-me dado dinheiro suficiente para comprar a boneca".

Depois olhou para mim e revelou-me:

"Ontem antes de dormir, pedi a DEUS que fizesse com que eu tivesse dinheiro suficiente para comprar a boneca e assim a mamã a poder levar. ELE ouviu-me ... e eu também queria dinheiro para comprar uma rosa amarela para a minha mamã, mas não ousei pedir-LHE mais nada. ELE foi meu Amiguinho e deu-me o dinheiro suficiente para comprar a boneca e a rosa amarela.

Sabe, a mamã adora rosas amarelas. Uns minutos depois a avó voltou e eu fui-me embora sem ser notado. Terminei as compras num estado de espírito totalmente diferente daquele com que havia começado. Entretanto, não consegui tirar aquele menino do meu pensamento.

Lembrei-me então de uma notícia no jornal local, já com dois dias, que divulgava que um homem bêbado, numa camioneta, tinha batido num carro onde seguiam uma jovem senhora e uma menina pequena. A criança havia falecido de imediato. A mãe estava em estado grave no hospital e a família já havia decidido desligar as máquinas, uma vez que ela não sairia do estado de coma em que se encontrava.

Questionei-me se não seria a família daquele menino?

Dois dias após aquele meu encontro, li no jornal que a jovem senhora havia falecido. Não consegui conter-me e saí para comprar um ramo de rosas amarelas, indo de seguida ao velório daquela jovem.

Ela segurava uma linda rosa amarela nas suas mãos, junto com a fotografia do menino e a a boneca.

Deixei o local a chorar, sentindo que a minha vida tinha mudado para sempre.

O amor daquele menino pela sua mãe e irmã continua gravado na minha memória até hoje. É difícil acreditar e imaginar que, numa fracção de segundo, um bêbado tenha tirado tudo àquele menino.

Agora tens duas opções:

1. Apaga a história da tua mente e faz de conta que ela não te tocou bem no fundo.
2. ou então divulga-a a todos que conheces.
Se a divulgares, talvez ajudes aquelas pessoas que bebem e conduzem de seguida, a pensarem um pouco mais, evitando-se assim os acidentes que acontecem no estado de embriaguez ou euforia alcoólica.